#9. Resenha - A Última Névoa e A Amortalhada


Não é nada animador a apresentação visual do livro que traz dois contos dessa autora, para mim desconhecida, até agora. Ele tem uma capa em branco sujo que vai progredindo em degradê até um cinza pálido.
Talvez isso seja intencional, para combinar com o assunto que aborda: A Morte.

No primeiro conto, A última névoa, deparamo-nos com dois primos recém-casados, mas não felizes. O homem casou pela segunda vez, era viúvo, e sua atual esposa e prima, apesar de todo o esforço para agradá-lo, não consegue fazê-lo esquecer da falecida.

Ele nem a procurava como marido, eram como irmãos, e ela encontrava-se enlouquecida com tal situação, sua eterna solidão... Movida por esse sentimento de prisão  e de extremo abandono, ela começa a andar pela propriedade durante a noite e acaba encontrando-se diversas vezes com um homem misterioso, que ela mesma não sabe se existe ou se é fantasia de sua cabeça. O final é surpreendente…
No segundo conto, encontramos outra mulher. Esta, agora, encontra-se no seu próprio velório, mas é ela que narra toda a movimentação naquele local, descortinando as relações que teve com as pessoas que vêm prestar condolências diante do seu caixão.
A autora apresenta a morte de uma forma tão poética que chega a dar vontade de morrer naquela situação apresentada. 
Diante da morte, a vida se descortina e se revela. Uma leitura maravilhosa.

Grande abraço,
Drica.

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